O segundo reinado no Brasil, teve início em 1840, quando Dom Pedro II assumiu o poder através do Golpe da Maioridade. A Assembleia Nacional Constituinte, tinha os poderes necessários para antecipar a maioridade de D. Pedro. Foi, então, criado o Clube da Maioridade, uma organização política cujo objetivo era lutar pela antecipação da maioridade do futuro imperador a fim de que ele pudesse assumir o poder no Brasil. Assim, D. Pedro foi aclamado imperador do Brasil, em 23 de julho de 1840. Iniciava-se desta forma o Segundo Reinado, período que durou de 1840 até 1889.
Ainda no ano de 1840, o grupo regressista criou o Partido Conservador. E o grupo progressista o Partido Liberal. Esses dois grupos dominaram a política brasileira durante o período do Segundo Reinado. Devido à Constituição da Mandioca, somente 1% da população tinha direito ao voto. Os liberais e conservadores desenvolveram uma fórmula que trouxe estabilidade política ao período.
Principais mudanças ocorridas no Brasil durante o Segundo Reinado:
• O eixo de produção agrícola do Brasil deslocou-se da região nordeste para a região sudeste.
• O café tornou-se o principal produto agrícola do país. Tornando-se o principal produto de exportação do país.
• Nas fazendas de café do estado de São Paulo o trabalho do escravo foi sendo gradualmente substituído pelo trabalho assalariado do imigrante europeu (italianos, alemães, japoneses, entre outros.).
• O dinheiro da venda do café foi sendo revertido e aplicado na industrialização do Brasil.
• As cidades se desenvolveram e surgiram inúmeros serviços urbanos como por exemplo (iluminação pública, bondes, ferrovias, bancos, teatros, etc.).
Café e a Indústria no Brasil
O clima e o solo da região sudeste do Brasil favoreciam o desenvolvimento da lavoura de café. O país dispunha de novas terras e contava com o trabalho dos escravos, na cafeicultura. Com esses recursos, o Brasil tornou-se o principal produtor mundial de café em questão de poucos anos após o início da produção. Aproximadamente do ano de 1830 até o fim do século XIX, o café foi o principal produto exportado pelo Brasil para todo o mundo. Os lucros gerados pela exportação possibilitaram a melhora da economia do país, que tinha passado por diversos problemas financeiros desde o processo de Independência.
A grande riqueza do café fez dos cafeicultores a classe social mais rica e também poderosa do Brasil. Eles passaram a exercer uma enorme influência na vida econômica e política do país. A grande quantia de dinheiro vindas das exportações do café não só foram aplicadas na expansão da própria cafeicultura como também financiaram a instalação de indústrias e a modernização de diversas cidades do país.
O fim do tráfico negreiro
Em 1845, a Inglaterra decretou o Bill Aberdeen, lei inglesa que afundava navios negreiros. Em 1850, foi proibido o tráfico de escravos para o Brasil, pela lei Eusébio de Queiros. Após a extinção do tráfico de escravos, ocorreu uma ampliação no país da campanha abolicionista, pedindo a libertação dos escravos. A campanha conquistou o apoio de inúmeros setores da sociedade brasileira. Mas aqueles que defendiam a manutenção da escravidão ainda conseguiram sustentá-la por um bom tempo.
O fim da escravidão no Brasil ocorreu através de leis que foram sendo colocadas em prática de maneira gradual. A Lei do Ventre Livre de 1871, que declarava livres os filhos de escravos nascidos no Brasil a partir daquela data. A Lei dos Sexagenários de 1885 que declarava livres os escravos com mais de 65 anos. Com leis como essas, os produtores de café conseguiram ganhar tempo e adiar, a abolição da escravidão. Em 13 de maio de 1888, com a Lei Áurea promulgada pela princesa Isabel, filha de D. Pedro II, a escravidão foi definitivamente abolida no Brasil.
A Guerra do Paraguai
O desenvolvimento do Paraguai neste período do século XIX, desagradava a Inglaterra, que queria manter os países da América do Sul como consumidores somente dos seus produtos industrializados. Como o Paraguai não comprava produtos da indústria inglesa, para os ingleses ele representava um exemplo a ser destruído. Então, a Inglaterra incentivou o Brasil, a Argentina e o Uruguai na luta contra o Paraguai. Os três países formaram a Tríplice Aliança contra o Paraguai e deram início a um longo e sangrento conflito armado, e o que motivou principalmente a Guerra do Paraguai foram as questões econômicas.
Iniciada em 1865, a Guerra do Paraguai durou cinco anos terminando em 1870. Do lado brasileiro, morreram 100 mil combatentes. Do lado paraguaio, antes da guerra, a população do Paraguai era de 800 mil pessoas. Depois da guerra, essa população reduziu-se a 194 mil pessoas, isto é, 75,7% dos paraguaios foram mortos.
Em 1889, chegava ao fim o Segundo Reinado no Brasil e consequentemente o período da Monarquia, no dia 15 de novembro de 1889, o integrante do exército brasileiro, Marechal Deodoro da Fonseca, apoiado por diversos grupos, entre eles, militares, produtores de café e a Igreja Católica, derrubaram o império no Brasil, implantando o regime republicano de governo. O Marechal Deodoro da Fonseca tornou-se o primeiro presidente do Brasil, e Dom Pedro II foi obrigado a deixar o país.
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