AS SOCIEDADES HIDRÁULICAS

As primeiras civilizações da História Antiga, foram os povos da denominada Antiguidade Oriental, que tiveram sua origem devido à forte proximidade dos rios, da região do Oriente Médio e do Norte da África. O clima seco e a baixa fertilidade do solo obrigaram essas sociedades a utilizarem, os recursos hídricos disponíveis para produzirem o seu próprio alimento, devido a isto, estas sociedades ficaram conhecidas como Sociedades Hidráulicas, devido à forte dependência que criaram com a proximidade dos rios da região. Entre elas destacaram-se a Mesopotâmia, os Hebreus, os Fenícios e os Egípcios.

Mesopotâmia:

Mesopotâmia significa terra entre rios. Situada entre os rios Tigre e Eufrates, foi alvo de inúmeros ataques, sua história é marcada pela sucessão de dominações de diversos povos que viviam na região, entre eles, podemos destacar: sumérios, assírios, babilônios, persas, entre outros. Os Mesopotâmicos também foram responsáveis por criar o Código de Hamurabi, o primeiro código de leis escritas da história, tendo como principal característica a Lei de Talião “olho por olho, dente por dente”, o castigo do criminoso é igual ou equivalente ao crime cometido por ele.

Socialmente, os mesopotâmicos organizavam-se em cidades-estados, ou seja, que tinham governos próprios e autônomos, passaram por períodos de centralização e descentralização política. Essas civilizações produziram uma rica cultura, cujos vestígios ainda podem ser vistos como por exemplo pirâmides em degraus e templos religiosos.

Tinha uma religião politeísta, acreditavam em vários deuses. A Mesopotâmia acabou sendo dominada pelos persas, povo militarista que construiu vasto império na região do Oriente. Atualmente, onde se localizava a Mesopotâmia, fica localizada parte da de alguns países como a Síria, a Turquia e o Iraque.

Fenícia:

Os povos fenícios, pertencentes as Sociedades Hidráulicas, ficaram conhecidos como o povo do mar, pois, foram responsáveis por desenvolver as primeiras formas de comércio e contato com outros povos através da navegação. A principal atividade econômica dos povos fenícios foi o desenvolvimento do comércio marítimo. A região em que os fenícios habitavam era formada por inúmeras vantagens geográficas, sendo assim, a Fenícia foi a civilização dos navegadores e mercadores da Antiguidade Oriental. Eles também se utilizavam da navegação para conhecer outros povos, conhecer novas culturas, aprender coisas novas e trocar experiências com outras comunidades.

O governo dos povos fenícios era realizado por comerciantes instalado na região era uma sociedade que destoava do restante do Oriente, pois sua visão de futuro fez com eles fossem responsáveis por inúmeras descobertas e invenções em sua época, entre elas o vidro, novos métodos de navegação e o alfabeto fonético com 22 letras. Também devemos destacar que eram povos politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A Fenícia tornou-se província dos persas no século I a.C.

Hebreus:

A história do povo Hebreu é marcada por deslocamentos, perseguições (inicialmente realizada pelos egípcios e posteriormente pelos romanos) e intolerância religiosa, devido ao fato de serem o único povo monoteísta da região, tendo desenvolvido o Judaísmo, os hebreus, posteriormente, acabaram fixando-se por séculos no território denominado Palestina. Região com um solo pouco apropriado para a agricultura que consequentemente fez deles um povo prioritariamente de pastores.

Liderados por Moisés, os hebreus ocuparam à Palestina por volta de 1250 a.C, o Êxodo foi a fuga empreendida pelos hebreus, liderados por Moisés, ao longo de 40 até que atingissem a Terra Prometida (Jerusalém). As tribos hebraicas que habitavam a região se unificaram, durante o reinado de Salomão, o comércio se intensificou e a produção cultural atingiu seu apogeu, durante este período.

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Mesmo com todo esforço e desenvolvimento, o império unificado dos hebreus não sobreviveu à morte de Salomão. Os seus filhos não chegaram a um acordo e, por fim, acabaram por dividir o território: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. O denominado cisma enfraqueceu o império e favoreceu o domínio de diferentes povos sobre a região dos hebreus como os babilônios, os persas, os macedônicos e por fim os povos romanos.

A Palestina foi, uma colônia de Roma e, foi durante esse período que ocorreu: o nascimento de Jesus, fundador de uma nova religião monoteísta chamada como cristianismo. Os hebreus não aceitaram Jesus como o Messias.

Os cristãos, que inicialmente eram os alvos de perseguições por parte dos povos romanos, já que negavam a divindade do imperador, aumentaram consideravelmente nos primeiros séculos da Era Cristã e sua religião acabou se tornando a religião oficial de Roma, já no seu último momento de vida.

Durante o domínio do exército romano sobre os povos hebreus na região da Palestina (aproximadamente por volta de 70 d.C.), ocorreu a Diáspora hebraica. Os hebreus acabaram por abandonarem a Palestina, ou seja, a sua própria região e se dispersaram pelo mundo, mas sempre mantendo a sua religião onde fossem.

JUDEUS NO MURO DAS LAMENTAÇÕES EM JERUSALÉM

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