A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

O processo da Revolução Industrial, teve início na Inglaterra durante o período da Idade Moderna durante século XVIII, entre os anos de 1760 e 1870. Este processo foi considerado como um conjunto de transformações que ocorreu tanto em relação a sociedade da época como em relação á inúmeros avanços tecnológicos e que também foi grande responsável em consolidar o sistema capitalista.

Para entendermos o processo da Revolução Industrial, devemos analisar as mudanças que ocorreram na forma como os objetos eram produzidos anteriormente ao processo da industrialização. Para isso iremos mostrar as modificações da forma de produção desde o período da Idade Média até o momento em que se iniciou o processo de industrialização na Inglaterra durante a Idade Moderna.

O ARTESANATO

O modo de produção artesanal, ocorreu no período da Idade Média, e consistia em todo o processo de produção dos objetos sendo realizados por uma única pessoa, ou seja, todas as etapas do processo, desde a coleta da matéria-prima até o acabamento era realizado sem que ocorresse a divisão de tarefas, por um único artesão. Este modo de produção artesanal passou a ser considerado insuficiente e também ineficiente a partir do momento em que ocorreu a crise do sistema feudal, consequentemente o aumento populacional, o desenvolvimento do comércio e o renascimento das cidades por toda a Europa.

A MANUFATURA

O modo de produção denominado como manufatura se desenvolveu no período da Baixa Idade Média, ou seja, no final do período medieval, este modo de produzir objetos consistia em promover a divisão das tarefas, promovendo consequentemente a divisão das etapas de produção dos diversos objetos, dessa forma cada artesão iria se tornar especialista em uma única etapa do processo produtivo o que aumentaria a produtividade e consequentemente reduziria o valor dos produtos oferecidos. Esta forma de produzir ocorreu prioritariamente nos burgos (cidades medievais) e foi organizada a partir da criação das Corporações de Ofício, o lucro neste momento era dividido entre todos aqueles que participavam da produção e as ferramentas eram manuais e bastante rústicas.

A MAQUINOFATURA

No período da Idade Moderna, temos o surgimento e o desenvolvimento da maquinofatura é a partir deste momento que teve início o processo da industrialização na Inglaterra e foi também a partir deste momento que observamos uma grande alteração na forma como a produção e a própria sociedade se comportavam. A máquina, o lucro e a indústria, o aumento da produtividade e a luta de classes passaram a ser o centro de todo esse processo do qual damos o nome de Revolução Industrial.

CARACTERÍSTICAS DA INDUSTRIALIZAÇÃO

– Formação de duas classes sociais bastante distintas: de um lado a burguesia (os donos das fábricas), detentora do capital (dinheiro) e também detentora das fábricas e das máquinas que geravam os empregos e do outro lado o proletariado (o operário), que detinham apenas a sua força de trabalho;

– Início do trabalho assalariado, o proletariado (classe de trabalhadores), passou a trocar o seu tempo por salários, quase sempre muito baixos o que gerou um enorme abismo entre as classes sociais a partir deste período;

– Condições desumanas de trabalho eram algo extremamente comum neste período da formação da industrialização na Inglaterra (fábricas insalubres, pouco ventiladas, alta proliferação de doenças, entre outros);

– Mão de obra pouco qualificada e barata era outra característica neste período, não haviam cursos de formação para esses operários, o que consequentemente aumentava a quantidade de acidentes de trabalho nas fábricas;

– Exploração principalmente de mulheres e de crianças, que trabalhavam a mesma quantidade de horas que os homens, mas tinham salários menores, no caso das mulheres, caso ficassem grávidas eram demitidas por não serem consideradas mais úteis para o trabalho;

– As jornadas de trabalho chegavam até a 16 horas por dia, 06 dias da semana, era uma jornada bastante exaustiva que poderia acarretar inúmeras doenças nos trabalhadores;

– Falta de leis trabalhistas que pudessem proteger a classe social do proletariado, não existiam leis e nem sindicatos que pudessem auxiliar os trabalhadores neste período da Revolução Industrial, com isso a burguesia agia sem a menor fiscalização.

A TECNOLOGIA NA REVOLUÇÃO

– Também podemos notar no processo da revolução industrial, uma significativa ampliação de fontes de energia, como por exemplo, o uso do carvão e do petróleo;

– A criação de inúmeras formar de máquinas de fiar e de maquinas á vapor;

– Podemos também destacar duas invenções do período e de grande importância para a atualidade, o trem e o relógio mecânico;

– O uso do ferro em larga escala também foi um dos grandes desenvolvimentos do período da revolução industrial;

– A invenção das máquinas como produtoras de objetos ampliou enormemente a produção neste período o que consequentemente reduziu o valor de venda da maioria dos produtos.

CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO

Como as principais consequências do processo da Revolução Industrial, podemos apontar:

– O surgimento dos primeiros sindicatos, que passam a lutar pelos direitos dos trabalhadores e também o surgimento das primeiras leis trabalhistas na Inglaterra;

– O crescimento desordenado das cidades da Europa, gerando principalmente problemas como moradias indevidas, tudo isso causado em grande parte devido ao êxodo rural (saída das pessoas do campo para as cidades);

– Um significativo avanço dos impactos causados no meio ambiente, principalmente devido a busca desenfreada por matérias primas para manter as indústrias em funcionamento;

– Consolidação do sistema capitalista, com o aumento e o desenvolvimento das indústrias por toda a Europa e parte da América, o desenvolvimento urbano e também o amplo desenvolvimento tecnológico.

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