“A liberdade é uma planta que cresce depressa, quando ganha raízes.”
George Washington
Antes do processo de Independência dos Estados Unidos da América, as terras dominadas pela Inglaterra na América eram formadas por treze colônias controladas diretamente pela monarquia e pelas leis inglesas. Dentro do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias americanas com o objetivo de adquirir recursos (matéria-prima). Era também muito grande a exploração da metrópole inglesa, com relação aos inúmeros impostos cobrados dos colonos.
Mas, para entendermos o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre o processo de colonização deste território e como as diferenças neste processo impulsionaram posteriormente a independência dos Estados Unidos. É importante observar que os ingleses começaram a colonizar a região durante o século XVII. E que a colônia inglesa recebeu dois tipos de colonização com diferenças bastante marcantes. Vamos agora analisar essas diferenças e entender como isso acabou se tornando um motor para o processo de independência que veio posteriormente.
OS TIPOS DE COLÔNIAS NOS ESTADOS UNIDOS
COLÔNIAS DO NORTE: Foram colonizadas prioritariamente por protestantes (religiosos), que fugiam das perseguições que estavam sofrendo na Europa. Chegaram à América com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação, ou seja, partiam da ideia de gerar prosperidade e desenvolvimento na colônia.
Passou a ser chamada de Nova Inglaterra, era composta do Norte dos Estados Unidos e parte da região Central, passou por um processo que vamos denominar como colonização de povoamento e que era composta das seguintes características:
. Mão-de-obra livre,
. religião protestante,
. clima ameno,
. economia comercial,
. produção diversificada (policultura),
. incentivo ao desenvolvimento interno,
. trabalho assalariado e familiar,
. incentivo ao desenvolvimento da educação,
. incentivo a urbanização,
. investimento na própria colônia,
. sentimento de autonomia,
. pequenas propriedades (minifúndios) e
. produção para o consumo do mercado interno.
COLÔNIAS DO SUL: De forma contrária aos colonos do norte, sofreram uma colonização de exploração, ou seja, foram colonizadas com exclusivo caráter de exploração das suas terras. Também eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir as regras do Pacto Colonial. Desenvolveram-se no Sul dos Estados Unidos e em parte da região Central. Entre as características das Colônias de Exploração norte- americanas podemos citar:
. Eram baseadas no latifúndio (fazendas),
. Temperaturas quentes,
. mão-de-obra escrava,
. produção para a exportação,
. sem desenvolvimento interno,
. religião protestante,
. economia agrícola,
. investimento fora da colônia,
. domínio da metrópole,
. monocultura (único cultivo) e
. sentimento de dependência.
PRIMEIROS PASSOS DA INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Os primeiros passos rumo a independência dos EUA aconteceram após a Inglaterra aumentar de modo abusivo os impostos sobre os colonos, além de criar leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos e geravam monopólios para os produtos ingleses.
Dentre estas leis criadas pelos ingleses podemos destacar:
- Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa),
- Lei do Selo (todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses),
- Lei do Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas).
Estas taxas exorbitantes geraram uma revolta nas colônias, principalmente as do norte dos Estados Unidos. Um dos acontecimentos marcantes desse período foi o protesto que ficou popularmente conhecido como a Festa do Chá de Boston. Diversos colonos, durante um importante evento na cidade de Boston, invadiram um navio inglês carregado de chá, os colonos estavam vestidos de índios, posteriormente, jogaram todo o carregamento no mar. Este protesto gerou uma reação da metrópole, que exigiu dos habitantes que pagassem os prejuízos sofridos pela coroa inglesa.
PRIMEIRO CONGRESSO DA FILADÉLFIA
“A árvore da liberdade deve ser regada de quando em quando com o sangue dos patriotas e dos tiranos. É o seu adubo natural.”
Thomas Jefferson
Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas e iniciar o processo de independência dos Estados Unidos. Este congresso pretendia retomar a situação de tranquilidade. Eles também queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole aos colonos. Consequentemente os colonos enviaram uma carta para o rei da Inglaterra, com propostas que pudessem amenizar a situação da colônia, propor uma aliança e não mais um sistema de submissão dos colonos em relação a metrópole.
O rei da Inglaterra George III não aceitou as propostas dos congressistas da Filadélfia, ele acabou por adotar medidas controladoras, que ficaram conhecidas como as Leis Intoleráveis. Estas geraram uma ampla revolta na colônia, influenciando de maneira decisiva no processo de independência.
SEGUNDO CONGRESSO DA FILADÉLFIA
No ano de 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo de conquistar a independência. Durante o congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América e George Washington liderou todo o processo. A Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França.
Em 1787, ficou pronta a Constituição. Garantia a propriedade privada, manteve a escravidão, optou pelo sistema de república e defendia os direitos individuais do cidadão.