De meados do século XVI até o final do século XVII, a base da economia colonial era o engenho de produção de cana de açúcar, localizado na região nordeste, onde ocorreu o início do processo de colonização do Brasil, pelos portugueses.
O senhor de engenho, figura de extrema importância no processo de colonização, era um fazendeiro que produzia cana de açúcar, com o objetivo de exportar para Portugal e revender para todo o continente da Europa. Para isso utilizava principalmente a mão-de-obra africana escrava e em menor escala a mão-de-obra do escravo nativo, os povos indígenas.
As plantações de cana de açúcar ocorriam no sistema de monocultura, que eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava e visando prioritariamente o comércio exterior.
O Exclusivo Colonial ou também chamado como Pacto Colonial imposto por Portugal à colônia estabelecia que o Brasil só poderia fazer comércio com a metrópole, ou seja, com Portugal. Foi um pacto de mão única, onde somente os portugueses eram beneficiados.
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A sociedade no período da produção da cana de açúcar na região Nordeste, era marcada pela grande diferenciação social. No topo desta sociedade, com inúmeros poderes políticos e também econômicos, estavam os senhores de engenho (dominavam o poder político e econômico local dos engenhos e das pequenas comunidades).
Abaixo na pirâmide social, aparecia uma pequena camada média, com baixo poder aquisitivo, formada por trabalhadores livres das fazendas de cana de açúcar, como por exemplo os capatazes. E na base da sociedade estavam os trabalhadores escravos os índios e os negros.
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Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social, político e econômico. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política nesta sociedade colonial, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos, obedecendo aos seus maridos.
A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho, e também o centro de comando da grande unidade produtora de açúcar. Nela moravam, além da família do senhor de engenho, alguns empregados mais próximos, inclusive escravos domésticos.
O conforto da casa-grande contrastava enormemente com a miséria e as péssimas condições de higiene das senzalas, onde ficavam alojados e eram torturados os escravos.