Antecedentes da Era Vargas
A denominada Revolução de 1930 foi
um golpe que tirou do poder a República Velha ou também denominada como a República
das Oligarquias, e colocou no poder um novo governo liderado pelo político
gaúcho Getúlio Vargas. O fim do período anterior, se deveu do fato de ter
ocorrido em todo o mundo uma grave crise econômica, denominada como a Crise de
1929, está levou a falência de inúmeros produtores de café da região sudeste do
Brasil, o que gerou consequentemente o conflito político e o fim do período
anterior.
Ao afastar do poder os fazendeiros, produtores do café, que vinham se mantendo
no poder desde o governo do presidente Prudente de Morais, no ano de 1894,
levou a uma mudança radical da estrutura nacional, que culminou em um período
que ficou popularmente conhecido como a Era Vargas.
Tendo acabado com aquilo que unia o café (até o momento principal produto de exportação do país) às decisões do governo federal, a Revolução de 1930, ensaiou uma mudança em setores da economia, como por exemplo a indústria que a partir deste período ganhou força. Passando a ser o setor bem cotado, concorrendo para a nossa sociedade.
Devido a tudo isso podemos realmente afirmar que a Revolução de 1930, chefiada por Getúlio Vargas constituiu uma importante ruptura no processo histórico brasileiro, deixando marcas que são vistas até os dias de hoje, como por exemplo o desenvolvimento industrial e a criação de inúmeras leis trabalhistas no Brasil.
O Governo Provisório (1930-34)
O primeiro período da chamada Era Vargas, ficou conhecido como o Governo Provisório, e foi do ano de 1930 até o ano de 1934, recebeu está denominação pois Getúlio Vargas deveria ter ficado por um tempo no poder e logo em seguida convocado eleições para que fosse eleito um novo presidente (mas isto não ocorreu), foi um período marcado entre outras coisas, pela entrada de Getúlio Vargas no poder, pela criação de uma nova constituição, pela instituição do voto feminino no Brasil, pela ampliação e valorização do setor industrial brasileiro, principalmente na região sudeste, pela reestruturação do país após a crise econômica internacional de 1929.
A Revolução constitucionalista (1932): os cafeicultores do Estado de São Paulo, inconformados com a Revolução de 1930, tentaram voltar ao poder através de uma revolução denominada como a Revolução constitucionalista de 1932. A população de São Paulo criou a FUP (Frente Única Paulista) e levantou fundos para promover o movimento de maneira popular. Com a morte do grupo MMDC (Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo), o movimento teve início em 09 de julho de 1932. Mas, em poucos meses de luta eles foram duramente reprimidos pelo exército. Getúlio Vargas, demonstrando um caráter populista em seu governo, concilia-se com os vencidos e posteriormente nomeia paulistas para cargos e também mantém a política de valorização do café na região sudeste.
A constituição de 1934: Outra característica de extrema importância durante o governo Getúlio Vargas, foi a promulgação de uma nova constituição com as seguintes características: federalismo, eleições diretas e secretas, instituição do voto feminino, representação classista no congresso e leis sociais como por exemplo: instituição de um salário mínimo, instituição da carteira de trabalho, descanso semanal remunerado, 08 horas máximas de trabalho por dia, férias anuais remuneradas e a legalização dos sindicatos em todo o Brasil.
O Governo constitucional (1934-37)
A “intentona” comunista (1935): A Intentona Comunista foi um movimento de caráter social colocado em prática pela Aliança Nacional Libertadora. Luís Carlos Prestes, líder do movimento rompera com o tenentismo para se converter ao marxismo, foi posteriormente eleito como o presidente da ANL (Aliança Nacional Libertadora). O objetivo do grupo era criar alianças com setores progressistas com um programa amplamente nacionalista, antifascista e também democrático. Com a repressão de Getúlio Vargas ao movimento da ANL, os comunistas prepararam um levante armado. Mas, como não ocorreu a participação popular, a intentona terminou em absoluto fracasso. Integrantes importantes do movimento, como Luís Carlos Prestes e a sua esposa Olga Benário, foram presos pelo governo Vargas que alegava tentativa de golpe comunista no Brasil.
A ascensão da ideologia fascista: A ação integralista brasileira (AIB), liderada por Plínio Salgado, buscava como base o governo ditatorial ultranacionalista, tendo como base na preeminência de um único partido expressão do modelo fascista no Brasil, com a ideia de imitar o modelo fascista existente na Itália naquele período. Propunha o culto ao seu líder e uma retórica anticomunista e amplamente nacionalista. O integralismo apoiou o Golpe ditatorial dado por Vargas em 1937, no entanto, o próprio Getúlio Vargas não dividiu os privilégios do poder com a AIB.
O plano COHEN: Em 1937, Vargas não querendo realizar novas eleições para presidente, pois teria que deixar o cargo “anunciou” ter descoberto um plano comunista e o utilizou para dar o golpe de 1937. O plano era falso e foi pretexto para que fosse implantada a ditadura de Getúlio Vargas no Brasil. Com isso teve início o período denominado como Estado Novo.
O Estado Novo ou a Ditadura Vargas (1937-45)
A constituição de 1937 (popularmente conhecida como a constituição “polaca”, pois foi inspirada em características da Itália Fascista): Estabelecia que o presidente teria amplo poder nas suas mãos. Os partidos políticos foram extintos, a censura foi estabelecida pelo departamento de imprensa e propaganda o (DIP), e as liberdades civis deixaram de existir em todo o Brasil.
O processo da Segunda Guerra Mundial e a queda de Getúlio Vargas: até o ano de 1941, o Brasil manteve-se neutro na guerra, sempre demonstrando muita proximidade e simpatia pelo grupo dos fascistas. Mas, no ano de 1942, Vargas viu-se obrigado a optar por um dos lados da grande guerra de caráter mundial e a ajuda americana para construção da usina de Volta Redonda foi decisiva para que Vargas declarasse guerra contra o grupo do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O fato de não apoiar os fascistas (os quais defendeu durante todo o seu governo), fez com que o exército e setores mais conservadores da sociedade brasileira se revoltassem contra o governo.
PARA SABER MAIS SOBRE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ACESSE: https://profdanihistoria.com.br/a-segunda-guerra-mundial-1939-1945/
Getúlio Vargas ao perceber que corria um sério risco de perder seu mandato
passou a adotar um discurso cada vez mais nacionalista e passou a articular
junto à população que o apoiava o, movimento Queremista (onde o povo saía as
ruas com faixas e dizerem afirmando que queriam a continuação do governo de
Getúlio Vargas, mostrando se favorável a sua permanência Mas, mesmo com grande
parte da população ao seu lado, em 1945, o exército derrubou o presidente
evitando a continuidade de seu governo. A partir deste momento teve início um
novo período na história do Brasil, denominado como A República Populista.
PARA SABER MAIS SOBRE A REPÚBLICA POPULISTA ACESSE: https://profdanihistoria.com.br/republica-populista-no-brasil-1946-1964/